Tuesday, October 31, 2006

poesia de cego que gritava luz

sempre tola
brincando com as feridas

enquanto existe quem dance na corda bamba

preciso aprender a pedir perdão

você desata todos os nós
e faz nossas vidas uma só

eu gosto de ter isso pra viver

talvez eu esteja sofrendo por não querer
fugindo pra não pensar no assunto

só você sabe da luz q eu coloco no caminho

você tem sempre o melhor de mim
talvez isso me irrite

entre nós os jogos de poder são apagados pela sensação de pertencer

esse é o nosso caminho
com pouquíssimos espinhos
sem soberba

pra você eu não sou isabela mendes
sou apenas aquela menina de trança
que te beijou na escada
de blusa rasgada
e que agora te pertence

e essa vida cotidiana me assusta
suas certezas me assustam
essa mulher que me tornei me assusta

eu quero brincar de vez em quando
sem assumir responsabilidades

mas o nosso prazer é sempre o amor
mesmo nessa vidinha yuppie
há espaço pro amor

o amor que exala do meu corpo
e só responde ao seu toque

porque você me entende sem me entender
porque queimamos a paixão
e soubemos fazer dela o amor

às vezes eu preciso me perder pra me achar
talvez por isso eu deixe a casa bagunçada
pra ter aquela alegria tola de "achei!"

divertido reinventar o amor a cada dia

sem medo
o "nós" sempre supera as tempestades
e também os dias de sol muito quentes

o “nós” é muito mais
do que essa minha solidão voluntária
disfarçada de multidão
que você tanto odeia

sem medo
tudo muito mais do que se imagina

ao meu lado
nosso projeto de vida
saindo do papel

você tem coragem de cumprir o plano
e quando eu desisto você me faz lembrar
e quando você desiste eu lhe faço lembrar

nossa vida é assim
sempre um par

31/10/2006

1 comment:

Paulão Fardadão Cheio de Bala said...

Não acredito nesse tipo de amor.