Monday, August 06, 2007

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* é uma imagem que não se formou na minha retina...

É uma imagem que minha alma se atreveu a ler através de interações homeostáticas entre os nossos corpos, nossos desejos que se misturaram.

Entre os nossos cheiros e receios que se esbarraram numa noite qualquer de desesperança cética, neutra e familiarmente habitual em que amarras nenhumas nos impedem de velejar ou naufragar quando preciso (necessário) e esse inventário que nossos mortos nos deixaram é pura poesia...

Nosso lado obscuro (escuro ou apenas escondido?)
*é uma imagem porque é apenas captando a luz, sugando-a num buraco escuro (um buraco negro? que arrasta e atrai...)

E inventamos nosso amor numa embriaguez sóbria e sombria em que nossos olhos brilham e irradiam tudo ao redor.

As mais doces mentiras derreteram em nossas doces bocas como algodão de nuvens...

Levitação como brincadeira inocente no elevador

(elevando a dor a uma transcendência inevitável)

o doce de um beijo

saliva que deteriora as nuvens

e faz do desejo de satisfação infantil apenas um sabor de línguas.